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NOTÍCIA: Anvisa aprova droga contra mieloma e outros três tratamentos para câncer

  • Foto do escritor: Caroline Salerno
    Caroline Salerno
  • 21 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de fev. de 2018


A lenalidomida (Revlimid) entra no mercado para o tratamento do mieloma múltiplo, câncer de sangue incurável e de tratamento difícil. Medicamento poderá ser usado em associações com outras medicações já usadas no Brasil.


De uso inédito no Brasil, quatro novos medicamentos foram aprovados, em dezembro, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão vai ampliar as variedades de tratamento de diversos tipos de câncer. São eles, a lenalidomida, o durvalumabe, o olaratumabe e o netupitanto associado com a palonosetrona. Segundo a agência, cada medicamento deve chegar ao mercado de acordo com a programação dos respectivos fabricantes. A expectativa é de que as terapias alcancem melhores resultados e que causem menos reações adversas aos pacientes.


No caso da lenalidomida (Revlimid), substância para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo, câncer de sangue incurável, haverá um controle mais rigoroso. Antes de registrá-la, a Anvisa definiu regras específicas, pois o medicamento pode provocar malformação congênita grave, ou seja, o uso pode levar ao nascimento de bebês malformados e também à morte dos recém-nascidos, chamados de teratogênicos.


No começo do mês, o Diário Oficial da União (DOU) havia publicado a atualização do Anexo I da Portaria 344/98, que descreve a lista de substâncias sujeitas a controle especial no Brasil, como entorpecentes e psicotrópicas. Com a atualização, a Lenalidomida passou a ser incluída na lista C3, e passa a ser considerada como imunossupressora, sujeita à notificação de Receita Especial. A droga é usada nos casos de mieloma refratário (que não responde aos tratamentos) ou recidivado (quando a doença volta após o tratamento) que já tenham recebido pelo menos um tratamento anterior.


Tratamentos associados são destaque:

Um dos tratamentos possíveis para a doença será com o uso da lenalidomida associada ao daratumumabe, da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, e à dexametasona. Segundo a Janssen, o esquema será capaz de reduzir em 59% o risco de progressão ou morte pela doença, quando comparado com o esquema padrão com lenalidomida e dexametasona apenas. O daratumumabe é um anticorpo monoclonal e foi o primeiro imuno-oncológico (quando o medicamento estimula o próprio sistema de defesa do corpo a atacar o câncer) aprovado para o tratamento de mieloma múltiplo.


Dados do estudo Pollux, apresentados durante o Congresso Americano de Oncologia (ASCO), demonstram que a adição de daratumumabe ao regime padrão (lenalidomida e dexametasona) prolonga o tempo sem piora da doença e aumenta de 76% para 93% a taxa de resposta global ao tratamento. Mais da metade dos pacientes que utilizaram a combinação dos três medicamentos teve resposta completa ou melhor (51% vs. 21% com o regime padrão).

Daratumumabe e a dexametasona já estão disponíveis no mercado brasileiro.


Veja quais são as outras drogas aprovadas pela Anvisa:

» Durvalumabe (Imfinzi)

Foi aprovado com indicação para o tratamento de pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático que tiveram progressão da doença durante ou após a quimoterapia à base de platina. O produto também é indicado para pacientes que tiveram progressão da doenças em até 12 meses de tratamento neoadjuvante ou adjuvante com quimioterapia contendo platina. O Imfinzi foi registrado com o produto biológico novo pelo laboratório farmacêutico Astrazeneca do Brasil Ltda.


» Olaratumabe (Lartruvo)

Este também é um produto biológico novo indicado para pacientes com sarcoma de tecido mole avançado, que não podem fazer radioterapia ou passar por cirurgia e que não foram previamente tratados com antraciclínicos. O produto foi registrado pela Eli Lilly do Brasil Ltda.


» Netupitanto + palonosetrona (Akynzeo)

Este novo medicamento é indicado para a prevenção de náuseas e vômitos agudos ou tardios em pacientes que estão passando por quimioterapia. As náuseas e vômitos são efeitos colaterais comuns que dificultam o tratamento do câncer. Entre os problemas estão a deficiência nutricional, ansiedade e depressão, redução da dose do medicamento e até mesmo interrupção do tratamento. Por isso, a eliminação de náuseas e vômitos durante tratamentos quimioterápicos é fundamental para que o paciente tenha melhores chances de cura.


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